segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Algumas paisagens de Cusco

Bom, o que dizer de Cusco? Uma disneylândia alternativa para os gringos, onde pode-se observar culturas ancestrais ao sabor de uma Guiness...

Brincadeiras a parte, tem muita história por aqui. As casas coloniais, igrejas que unem o católico ao pagão, povos de mais de 5 mil anos. O turismo já está bem desenvolvido, apesar que o lance é procurar pelos cantos escondidos, onde se consegue precos bem mais baratos.


Carla na Av. Del Sol, uma das maiores. Pode-se notar os casaroes, dos quais muitos foram construídos utilizando as antigas construcoes incas.


Igreja da Sagrada Família, anexa à Catedral de Cusco. Tem que se pagar para entrar em todas as igrejas, ALÉM do boleto turístico. Extorsao divina pode...




Igreja de San Domigos, construída em cima do Templo Inca do Sol (Qorikancha). Note-se o muro abaixo, bem diferente das construcoes acima dele. A cada terremoto, cai a igreja mas o muro fica.


Para ter uma idéia: a esquerda, construcao colonial herdada dos espanhóis. A direita, construcao inca. Ainda bem que trouxemos a civilizacao para os bárbaros...

agora sim, Cusco

Chegamos em Cusco de aviao vindo de Puerto Maldonado. A chegada é muito bacana, entre as montanhas da cordilheira dos Andes. Saimos de 40 graus e selva amazônica, para 10 graus e 3000 metros. O impacto foi sentido... dorzinha de cabeça constante, uma pressao baixa aqui e ali, e o piriri que nos faz buscar os melhores banheiros de Cusco (o do café na Calle Sol conhecemos bem!). A plaza de armas é centro da cidade, e agrega a catedral e outro templos religiosos, além de uma legiao de pessoas vendendo de tudo, oferecendo tours, fotos, postais, llama, comida, e até foto com os incas. Cusco é quase uma Disneylandia, muuuuito turista (português se houve toda hora) - um parque. Chove todo dia, normalmente a tarde, e depois para - um desfile do grupo da Decathlon com seus modelidos sensuais.




Logo de cara, o mate de coca, que se toma o tempo todo. É vaso-dilatador e ajuda com a altitude. Nao se consegue andar mais do que alguns quarteiroes, ou subir algumas escadas e nao parar pra puxar um ar...lembra quando os jogadores do Brasil vinham jogar no Peru e ficavamos putos achando que eram uns maricas? Novo respeitos pelos caras.


Mercado Central é bem organizado, dividido por categorias, como o ceviche (marinado de peixe fresco) abaixo. Tomamos um café e fizemos umas comprinhas por lá. Ninguem se animou a comprar um porquinho da india no espeto (cuy).

A tarde conhecemos a famosa pedra de 12 lados ... nao vale dizer muito além de constatar a habilidade dos engenheiros incas, que construiram sem cimento nem barro. O encaixe é perfeito.



O rango aqui tem sido bem mais sem graça do que o que encontramos nos caminhos brasileiros. Tudo muito voltado pra gringaida... tem menu em todas as linguas do planeta. Os restaurantes parecem com os vendedores ambulantes - vendem e servem de tudo - desde cuy a la plancha, até pizza americana (ruim), e o sempre confiável frango com batatas. Parece que Cusco é diferente e esperamos comer coisas mais interessantes para frente. Achamos um bom vegetariano, que por 5 ou 10 soles se come bem. A saga da vegetariana continua no restaurante Tabasco. Carla pediu um tomate relleno (tomate entupido) do menu vegetariano. A reaçao explica que, em terra de peruano, alpaca é vegetal.




No mais tomamos uns bons cafés e de café da manha sempre se encontra o basico. Mais postagens de Cusco seguem.

domingo, 30 de dezembro de 2007

Cusco

Chegamos! Depois de passear um pouco escrevemos sobre a entrada "no Peru".

Xapuri

Xapuri, terra de Chico Mendes.

Chegamos na cidade, vindo de Rio Branco, depois de intermináveis 5h num ônibus lotado. Pessoas de pé, paradas a cada 500m, calor infernal.
Típica cidade do interior do Acre, tudo muito calmo, a maioria das ruas nao está asfaltada. Procuramos um hotel e achamos um por 30 reais o quarto para quatro. Comemos um arroz com ovo básico e demos uma volta na praca. No dia seguinte, fizemos o turismo rapidamente para partirmos para a tríplice fronteira.
Conhecida pela vida e morte de Chico Mendes, foram construídos museus e a casa do ex-seringueiro foi preservada. Tudo muito arrumado, guias simpáticas explicavam tudo.
Resumidamente, o líder xapurense se colocou contra a política colonizadora do governo federal, que retirava 90% das famílias para alocacacao de grandes latifúndios. Chico ganhou vários prêmios internacionais, pela formacao de organizacoes sindicais bem como uma visao de desenvolvimento sustentáves que unia seringueiros e índios. Ganhou também um tiro no peito, e seus matadores, confessos, estao livres.
A cidade está hoje esquecida. Foi um dos centros econômicos do Brasil na época da borracha, após ser derrubada pela Malásia. Dos vapores, dos restaurantes com comidas exóticas, do dinheiro correndo farto, nada restou. Fato interessante: a castanha-do-pará nao é do Pará, mas de Xapuri. É o que ajuda a segurar a precária economia.



Painel homenagem a Chico Mendes, em Xapuri-AC


Casa de Chico Mendes, com toda a mobília preservada, bem como as marcas de tiro e o sangue nas paredes.

Autonomia, CARAJO!

De Xapuri até Brasiléia, onde tinhamos que carimbar nossos passaportes, fomos de taxi.
Aproveitamos que estavámos ali pertinho, em Brasiléia, e demos um pulo pra Bolivia, Cobija!

Fronteira Brasil-Bolivia


O cara do museu em Xapuri falou que fim de ano lá era bem cheio, pra nos preparar pra ver 6 pessoas montadas numa moto. Esperava encontrar uma 25 de março boliviana, de eletrônicos e bebidas alcólicas. O Tico estava empolgado, queria comprar o presente do filhote, um Nintendo WII (pro Gabriel, só pra ele, que fique claro!). O que vimos foi umas três ou quatro ruas cheias de lojas, porém bem mais vazia do que a imagem que eu tinha criado. E motos. Muitas motos. A tequila, Jose Cuervo Ouro, uma pechincha de 16 reais. A empreitada pelo video game nao deu certo. O fenômeno da moto também nao se concretizou.

Depois realizei que a noçao de cheio e movimentado pra uma pessoa de Xapuri, cidadezela pacata do Acre, é diferente do que eu, nascida no fantástico mundo de Oz considero cheio e movimentado.
Almoçamos por lá, Pollo e Paceña! Menos a Carla, que, para a indignaçao do mozo, pediu um mero macarrao ao alho e óleo sem carne. Já começo a treinar, timidamente, meu portunhol!

Restaurante LasPalmas e a Paceña, mui boa


E claro que o movimento pela autonomia da província nao poderia passar desapercebido. Nas ruas, alguns quiosques de som entoando, repetidamente, a música que ficou gravada em nossas mentes e ficará gravada até o final de nossos dias: AUTONOMIA, CARAJO!!!


Mercado do Bosque e Rio Branco

Rio Branco na noite de natal.




Conseguimos finalmente pegar o Mercado do Bosque aberto. Acontece que o bicho abre das 8 da noite até as 10 e meia do dia seguinte, inclusive no natal. O movimento maior acontece na madruga, depois da ceia de natal. Ai sim, comemos a famosa baixaria, o charuto de acelga, kibe da mandioca, e o pudim de banana com tapioca.



Passamos o natal em Rio Branco. Ao contràrio do que esperavamos tudo fechado. Fomos até um famoso restaurante no Parque da Maternidade, depois de caminhar muito, o Paço. Animado com o nascimento de Jesus, Tico resolveu brindar a altura do evento.


Seguimos no dia seguinte para Brasiléia.


segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Rio Branco
















Chegamos cedinho mais uma vez - já melhorou, a rodoviária tem ruas pavimentadas. Logo depois de uma chuvarada da boa, abre a padaria, lá pras 5:30. Nos ofereceram o jornal local, tomamos açai cremoso (tico) e a velha pedida de pães na chapa e miXtos quentes com cafézis. Conseguimos um bom hotel graças a dica da dona da padaria, continuando com a tendência da simpatia do povo do norte. Saimos logo para conhecer o parque do bosque, onde, diziam, havia uma ótima baixaria - não é mais um esitlo musical de arrepiar (apesar de tanto varedão, forro, e calypso) - o PF carregado do norte leva macaxeira, carne moida, arroz, e tudo mais. Chegamos no domingo, e o bosque fecha. Abre as 20:00 no domingo e só fecha meio dia do dia seguinte. Ainda não voltamos, mas vamos - não dá pra sair do Acre sem baixaria. Almoçamos um Pirarucu na brasa (Carla comeu um ótima salada) no Oscar, onde experimentamos guarana Baré da Antartica - parecido mas com frutas tropicais a mais - o rango não era assim, uma baixaria. Logo depois, um sorvete de cajá, cupuaçu e jaca, tudo muito bom. No museu da borracha, um resumo da história do Acre. Território boliviano, populado por brasileiros (era mais fácil chegar pelos rios daqui, do que pelos dalí) quase caiu na mão do Bolivian Syndicate (EUA+GBR), mas através de guerra e mucha plata, ficamos com o pedaço de terra. Depois do ciclo do ouro da borracha, uma tentativa de balancear o ribeirinho, seringueiro, indios, e os grandes produtores. O acreano é orgulhoso de sua história recente. O povo tem heróis e monumentos. A nossa guia foi firme na sua felicidade, e no seu orgulho pelo desenvolvimento recente, que ela atribuiu a 4 governos sucessivos de boa fé. Seguimos passando pelo Parque da Maternidade (foto) para a Casa dos Povos da Floresta, recebidos por uma imensa sucuri (foto) e imagens do Mapin Guari, Boto, e outras lendas da região. Muito bem ilustrado, com boas instalações e ótimo ar condicionado! Conhecemos o Palácio do Rio Branco a noite e o Museu dos Autonomistas na região central da cidade (a foto é durante o dia, quando voltamos). Dentro, um outro museu da cidade - agora os prédios do governo estão no entorno do Palácio. O museu faz homenagem aos que lutaram pela transformaçõs (recente) do Acre em estado. A noite, feirinha do SEBRAE tava pegando fogo com a cidade pronta para o natal. Comemos o famoso tacacá (caldo de mandioca, goma, tucupi - planta verde, e camarões). As reações ao rango foram diversas (fotos). Tico e eu comemos o pirarucu a casaca - o pirarucu, salgado e seco (como bacalhau) com banana da terra e farinha, entre outras coisas - bom demais. Terminamos o dia batendo papo com uma pessoa que nos foi indicada em Porto Velho, que trabalha no centro da cidade. Conhecia tudo sobre o estado e nos deu ótimas dicas. Como sempre, simpatia total e fez questão de nos encontrar com mais calma depois do natal.

A balsa 364


Tentamos sair cedo de Porto Velho. Infezlimente a cidade não tem condições para o turista, apesar das ótimas pessoas que conhecemos por lá. Tico saiu cedo pra comprar as passagens, com 2h de antecedência e já estavam esgotadas. Pegamos o terceiro carro extra, saindo as 21:00 da noite - mais um sono bom no ar-condicionado. Cruza-se o rio Madeira (o mesmo que passa por Porto Velho) na BR-364 para chegar ao estado do Acre. Passamos a balsa a noite. Todos dormiam no conforto do ar condicionado quando subimos a balsa - o governo diz que nao pode (vejam a placa) mas o motorista não tava nem ai. Já tava acordado, desci. No escuro da noite, a balsa começava seu trajeto pelo Rio Madeira. Balsa = plataforma + um barco colado ao lado, guiado por 3 adolescentes com muita habilidade. O motorista puxa papo - "caiu ai no Madeira, já era... afunda mesmo", na nossa balsa com 2 ônibus e 2 carretas. A travessia demora no máximo 20 minutos - o rio é largo. Como disse outro balsista - "é muita água", como se contemplando o que faria se ele chegasse a cair no meio do Madeira. Chegamos aos trancos do outro lado, os meninos e meninas dormiam como anjos quando subi ao ônibus.

Rio Branco e fotos

Estamos agora em Rio Branco, Acre. A cidade encravada no meio da floresta Amazônica, perto das fronteiras com o Peru e a Bolívia, é ótima. Limpa, bem organizada, atrativos turísticos sinalizados, povo receptivo e de bem com sua região. Pelos relatos, sociedade e governo estão empenhados nos últimos anos em melhorar a cidade em todos os apectos. Todos têm muito orgulho de sua origem nordestina (a migração se deu principalmente do Ceará), índia e seringueira.

Bom, vamos colocando aí algumas fotos...








Ponto de ônibus do Véu da Noiva, na Chapada dos Guimarães, MT. O grupo, descontraído, ignora o calor e a poeira...









Thaiza vislumbrando outro ponto da Chapada dos Guimarães, na Pousada do Penhasco. Toda a cidade está localizada numa das encostas...












Em Pimenta Bueno, RO. Muita soja e cachoeiras de 90m!! Alugamos um carro para poder chegar na reserva indígena dos Parecís, que também dá nome à Chapada.








Ferrovia Madeira-Mamoré, em Porto Velho, RO. Uma das locomotivas em estado de esquecimento, como o resto da cidade. Infelizmente, apesar de todo o potencial, a cidade está esquecida





Carla e o barco-bar no Rio Madeira, em Porto Velho, RO. Como já disse a Thaiza, o som não é lá essas coisas. Também não tinha comida no barco, só cerveja mesmo, que desce que nem água num calor sem noção.

sábado, 22 de dezembro de 2007

A (nada fácil) vida de vegetariana no norte

Bom, isso é um testemunho/desabafo do que é ser vegetariana pelas bandadas de riba do nosso tao varonil país. começo com informaçao básica: restaurante vegetariano zero, pelo jeito vgtarianismo é muito baixo por aqui . e eles sempre inventam algo para colocar uma carninha (ou várias). salgado: nao! carne carne carne. (sem comentar que a grande maioria é fritura). comida típica eu experimentei uma: farofa de banana em cuiabá. muito boa. fora iso, muito ovo arroz feijao e a salada é muito rala, alias. ah, o feijao que comi aqui em rondonia é diferente do paulista, é mais claro, outro tipo,vale a pena. sucos eu to optando pelo basicao laranja, para evitar os piriris da vida que nao devem ser dificil. o guaraná daqui também vale a pena, é o: Tuchua. nem sei se é exatamente isso, mas tem realmente gosto de guaraná. visitas ao mercadão sao complicadas, o cheiro é muito forte da carne! eca! - só quem é um vegetariano que não gosta de carne entende. opçoes de comida, resumidamente: pf. com ovo e mais salada (que eles entendem como tomate e alface), lanches... nossa, nao lembro de mais nada.

tempo acabando.

Porto Velho

Depois de 9 horas de viagem no onibus que é "cobra no assunto" (Eucatur), chegamos a Porto Velho, Rondônia. A cidade não nos animou muito, centrão onde as lojas disputam pelo som mais alto e mais criativo. À beira do rio Madeira, barzinhos no mesmo esquema. Alguns refrões recorrentes: "Tem que fazer, tem que fazer, tem que fazer valer na cama...", "Quem vai querer a minha piriquita?", entre outras palavras poéticas a la Calypso.

O que valeu foi o Bototô, uma figura de pessoa. Começou nos apresentando á árvore e a semente do açaí e desenrolou longas conversas com causos interessantes de sua vida. A começar por ter nascido numa tribo indígena e de lá saiu aos 12 anos após seu pai ser morto por garimpeiros.

Ele disse que passou por perrenhos, pegou uma malária raríssima africana, foi atropelado, quase perdeu a visão e, por recomendações médicas, começou a mexer com artes. Nos apresentou sua casa, com quadros e esculturas próprias por todos o lados, muito bonito. Além disso, participou de programas na globo, foi coadjuvante em Mad Maria, morou nos Estados Unidos, nos levou a uma peça de teatro no Sesc...enfim, pessoa interessantíssima!

Fomos a cachoeira de Santo Antonio, que de cachoeira tinha umas quatro pedras e nada mais e fizemos também um passeio de barco, ao som agradável das músicas românticas de Calypso e afins. Depois comemos uma caldeirada de Tambaqui, mui saboroso.

Em linhas gerais, Porto Velho foi isso. Marcou pelas músicas, pelo Tambaqui, pelo rio marrom e pelo Bototô.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Comodoro e Pimenta Bueno

Fronteira Mato Grosso - Rondônia.

Na lista de visitas, o Vale do Apertado na região de Pimenta Bueno, conhecido por suas belezas naturais. Por Comodoro, apenas passamos. Não tinha nada pra fazer, além de uma lan house infestada de crianças. Em Pimenta Bueno, tentamos, mas nada. Não havia guia turísticos disponíveis: um estava num velório (não no dele!), outros dois com carro quebrado, outro nem sabia onde era o tal do vale. Alugamos um carro e fomos conhecer uma fonte de água mineral, a Lind'Água. Não tinha fonte, mas tinha a fábrica engarrafadora. No Sítio do Neri, indicado por dez a cada dez pimenta-buenenses, um macaco cervejeiro, duas araras no cio e as famílias reunidas pra um convescote. Na Lagoa Azul, nem lagoa nem azul. Só o tio gente boa.

Resultado: lanche no Vitta Suco e banho no Hotel Pirituba, que aliás tem a Dona Antônia, muito simpática. Vamos pro RondonChopp, beber alguma coisa e partir para Porto Velho, 8h de viagem.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Campo Novo dos Parecis






Chegamos em Cuiabá para nossa baldição em caminho a Campo Novo. Com tempo pra matar fomos até a Haus Bier, perto da rodoviária - a cervejaria original de Vilhena, RO tem filial aqui e nos foi recomendada pela Rosa. Tomamos algumas cervejas artesanais, inclusive com groselha (não foi uma boa pedida) mas a Pilsner desceu bem. Voltamos pra rodoviária e chamos a Campo Novo as 8 da matina. Logo na chegada, fomos alugar um carro - o pessoal de MT é tão tranquilo e gente boa que as vezes achamos que estão sendo sacanas - nada disso... um papelzinho aqui e acolá e saimos de carro para encontrar com Augusto, o diretor da secretaria de turismo da cidade. Com o guia no carro fomos em direção a reserva indígena da tribo Pareci, que fica na chapada dos Parecis, mesmo que os dois historicamente não tenham relação. Depois de 50km de estrada de terra e areia, cruza-se o rio em uma balsa. As crianças da tribo brincam na balsa (uma pracha de madeira com alguns barris) e no rio e trouxeram a balsa para o nosso lado da margem. Cruza-se com a força do rio - a engenhoca funciona! Do outro lado, a cachoeira do Salto Belo, incrível. Por explorarem esse pedaço para energia elétrica, os indios ganham uma grana e construiram algumas casas que substituiram as tradicionais Hati (Ocas). Fora a caça e pesca, se sustentam de alguns pedágios em estradas de terra e entrada de pouquissimos turistas que visitam a reserva. Pra encurtar os ahhh e ohhh das cachoeiras, pulo logo pra cachoeira de 90m, de Utiariti. Descemos a trilha chegando bem perto das águas e vimos ela de cima e de todos os lados, depois um descanso ha alguns metros da queda, em uma piscina natural (ver a sereia acima ahaha). Depois de um dia de trilhas e terras, descansamos no balneário do Rio Verde, beira rio em um chalézinho velho mas arrumado. Seu "Zé" que veio do Rio Grande do Sul para cá trabalhar, toma conta do lugar. Chegou a ficar 3 anos em uma barraca, 50km da cidade, colocando cercas em fazendas a noite, pq durante o dia "se tirava mosquito com facão". Soja e mais soja... só se vê isso na cidade. Kilometros de soja. Inesquecível.

Seguimos para Comodoro e agora, a caminho de Rondônia (Pimenta Bueno).

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Chapada dos Guimarães


A viagem de 1 hora e meia é feita em coletivo, R$8. Chegamos a noite e graças a amiga de Thaiza no busão (conheceu na hora), soubemos onde era o DETRAN e onde deveriamos descer. "Seu Donato" e fomos aos nossos quartos. Descemos prontamente para uma cervejinha antes do cochilo e batemos um papo com o residente da pousada. Seu Donato é nativo de Nobres, e ao contrário das nossas espectativas, mora na chapada somente a 2 meses - as dicas não viriam dele! Ao dormir, encontramos 2 baratas, que não são mais. O outro quarto tinha mosquitos a rodo... estes perseveram. Saimos cedo (mas não tão cedo quanto o Tel queria) para conhecer a famosa Véu de Noiva. Um ônibus e pouco mais de 200m de caminhada e chegamos. De longe já é linda. Descemos os 90m de altitude numa trilha de 600-700m para chegar a base. Pelo que vimos, poucas pessoas descem. É cansativo - humidade 100%, calor de 42 graus - mas a agua gelada na piscina natural da cachoeira compensa o sacrifício. Aproveitamos um pouco e subimos. Ao aguardar o ônibus, conseguimos encontrar a amiga de Carla, moradora de Cuiabá que estava passando o dia na Chapada. Pegamos uma carona até a Boca do Inferno (nada demais) e seguimos para a "praia/clube" dos Cuiabanos na cidade - Salgadeira. Na verdade, um bela cascata com varias piscinas naturais ao longo do rio com água limpa e uma visão privilegiada dos paredões da chapada. Comemos um pintado petisco e algumas "skois" por lá e voltamos de ônibus para a pousada...pizza a noite pra vegetariana. Acordamos cedo na tentativa de visitar a caverna da Aro Jari, 45km longe da cidade. O taxi queria 130 reais, mais guia, mais... mais... para nos levar. Desistimos tanto pelo tempo quanto pela grana. Acabamos pegando a dica da Carla para a rua do Penhasco, que fica ... no Penhasco. A trilha de 400m começa na pousada do Penhasco (luxo) e segue mata adentro, terminando no paredão da Chapada. Sem duvida a vista mais privilegiada que tivemos. A trilha é boa, e bem arrumada... fácil acesso, mas o calor PEGA. Pode se ver a kilometros de distância, a planície que segue defronte a chapada. A cidade em sí esta no alto, e o resto fica a distância. Agora pouco comemos uma galinhada no restaurante Montanha, pertindo do centro da cidade. Só o Tico deve ter comido um puleiro inteiro. Arroz, farofa de banana (parece claro que é típico...) feijão, salada, e um óleo de pequi. Junto com o pacu, a galinha tá no top 10. Amanhã seguimos viagem para Chapada dos Parecis, 6h de viagem.

Cuiabá

Cuiabá nos recebeu com uma agradável garoa, às 6 da manhã. Pegamos o ônibus 24 para o centro da cidade, parando na catedral (nova) da cidade. Aguardamos até as 9 da manhã na lanchonete do Sr. Jean. Uma simpatia de pessoa, que bateu um longo papo e contou sobre a cidade. Nos convidou para passar o final de semana em sua casa na chapada e esbanjou simpatia! O povo de Mato Grosso nos tratou sempre assim - muito hospitaleiro. Lá encontramos a Rosa e Veronica, amigas do Tel que nos receberam muito bem e nos acompanharam em um tour pela cidade. Fomos no Parque Mãe Bonifácia, onde há um mirante de madeira. Conhecemos o Porto, que na verdade é um bairro onde fica o mercadão. O Sesc de lá é bem agradável, grande e arejado, antigamente era área militar. É todo um quarteirão com os escritórios e salas na periferia e um grande gramado e parque no centro. Chique! Fomos também no museu da água, que fica dentro do antigo reservatório de água da cidade, com capacidade pra 1 milhão de litros. Não tem o formato tradicional de uma torre - fica em uma pequena colina na cidade, e é horizontal, grudado no chão; dizem que igual a este somente um na Europa. Este data do séc 18. O espaço é excelente, havia uma exposição e o objetivo é fazer de toda a colina um parque. A melhor surpresa de Cuiabá foi a pequena cidade de Porto da Conceição, onde há um restaurante com o mesmo nome. Comemos pacu inteiro recheado de farofa preparada, acompanha de farofa de banana, arroz, e salada. De entrada, uma costelinha de pacu frita. Dose? A comida é ótima e as porções enormes. Não é uma pechincha, mas vale cada centavo - principalmente por se localizar ao lado do rio Cuiabá, e seu salão com ar condicionado na cidade mais quente do Brasil! Rosa nos levou a rodoviária (antes tomamos um cafézinho com mais comida em sua casa), e pegamos o ônibus para a Chapada dos Guimarães.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Roteiro fechado!


O roteiro que fechamos na semana antes de sairmos, agora, ajustes no caminho! Saindo hoje a noite pra Sampa, vamos que vamos.

  • Campinas – Campo Grande: 1053km
  • Campo Grande – Cuiabá: 694km
  • Cuiabá – Chapada dos Guimarães: 70km
  • Cuiabá – Campo Novo dos Parecis: 385km
  • Campo Novo dos Parecis – Vilhena (fronteira Rondônia): 350km
  • Vilhena – Arequimes (Parque Nacional dos Pacaás): 495km
  • Arequimes – Porto Velho: 203km
  • Porto Velho – Rio Branco: 510km
  • Rio Branco – Brasiléia: 220km
  • Brasiléia – Assis Brasil: 110km
  • Assis Brasil – Iñapari – Puerto Maldonado: 230km
  • Puerto Maldonado – Cusco: 510km
  • Cusco – Arequipa: 520km
  • Arequipa – Ilo: 310km
  • Ilo-Lima-SP e a volta!

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Preparativos

O plano inicial era Bolívia-Peru, isso antes da greve e confusão que está rolando no país de nosso querido Evo Morales. Agora, como a situação não melhorou e nem têm perspectivas, o plano é Brasil-Peru. Decidimos com grande antecedência. Ontem. Compramos as passagens: partimos pra Cuiabá no sábado!

O roteiro está pronto e bonitinho, e mui orgulho tenho do Tico e Tel que planejaram e pesquisaram praticamente tudo!

Até mais ver!